Maio terminou com sete homicídios em Juazeiro e o ano é 2,5% mais violento
- 14/06/2023
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Marquinhos foi morto a tiros no bairro João Cabral, enquanto Duda tombou sem vida no Aeroporto, Breno e Marlon num confronto com a PM no Triângulo. (Foto: Reprodução)
Com sete homicídios em seis bairros, o mês de maio teve três assassinatos a menos que abril ou decréscimo de 30% já que, no quarto mês do ano, tivemos dez homicídios. Na comparação com maio de 2022 são cinco homicídios a mais ou 250% de acréscimo, pois, naquele período, ocorreram dois assassinatos. Foram 8 homicídios em janeiro, 4 em fevereiro, 11 em março, 10 em abril e 7 no mês passado.
Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, em maio, os bairros onde houve o registro de homicídios foram Triângulo (02 ou 28,5% dos assassinatos de maio em Juazeiro) e os demais no Pio XII, Antonio Vieira, João Cabral, Aeroporto e Jardim Gonzaga. No acumulado do ano o bairro João Cabral desponta como o mais violento com cinco homicídios ou uma participação de 12,5% na matança este ano em Juazeiro.
Com o crescimento no número de homicídios no mês de maio em relação ao mesmo período de 2022, o ano se tornou mais violento. Em 2022, eram 39 homicídios nos cinco primeiros meses do ano contra 40 este ano ou um a mais representando um acréscimo na ordem de 2,5% na violência. Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:
Dia 04 Marcos Alencar da Silva, de 25 anos, o "Marquinhos" que residia na Avenida Paraíba (João Cabral), foi morto a tiros na Rua José Paracampos naquele bairro e uma pessoa saiu baleada. Os acusados fugiram num veículo HB20 de cor branca e um deles foi preso. Marquinhos respondia por desacato, porte de arma de fogo, já tinha sido baleado, em setembro de 2017, por Francisco Emerson Silva dos Santos, de 28 anos, e seu irmão Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, foi morto a tiros no João Cabral no dia 4 de outubro de 2022.
Dia 05 - José Johnath de Oliveira Medeiros, de 35 anos, o "Duda", que era o metalúrgico e residia na Rua Trindade (Aeroporto), foi morto a tiros na Rua Joaquim Cruz da Vila São Francisco naquele bairro. Ele não tinha passagens pela polícia e, na segunda-feira (08), a polícia prendeu Cícero Costa da Silva, de 34 anos, como principal acusado do crime.
Dia 14 Jorge Rikelvi Domingos Pereira, de 22 anos, que residia na Rua Cecília Meireles (Antonio Vieira), morreu no HRC uma hora após ser baleado perto de sua casa quando terminou socorrido ao hospital, mas não resistiu. Ele respondia TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por crime ambiental.
Dia 22 Lucas Daniel Ferreira, de 23 anos, que residia na Rua Domingos Rodrigues Barbosa (Jardim Gonzaga), foi morto com um tiro no abdômen dentro de sua casa. Existem informações que teria discutido com uma pessoa pela manhã e o mesmo respondia contravenção penal e violência doméstica.
Dia 25 Breno Machado Gomes, de 20 anos, que residia na Rua Senhor do Bonfim (João Cabral), foi morto numa troca de tiros com a polícia na Rua Francisco Monteiro (Triângulo) quando o RAIO foi averiguar denúncias sobre tráfico de drogas e armas de fogo num imóvel. Ele respondia por crime de violência doméstica e morreu, também, o seu comparsa Marlon Dantas de Araújo, de 20 anos.
Dia 25 - Marlon Dantas de Araújo, de 20 anos, que residia na Avenida Ailton Gomes no bairro Pirajá, foi o outro morto no confronto policial na Rua Francisco Monteiro (Triângulo). Ele respondia por assaltos e porte de arma de fogo e, após o confronto os policiais apreenderam dois revólveres com munições intactas e deflagradas e drogas.
Dia 27 Paulo Daniel Ferreira de Souza, de 24 anos, que residia na Rua Otávio Aires no bairro Limoeiro, morreu num confronto com policiais militares na Rua Campos Elísios (Pio XII). Ele trabalhava como carroceiro e respondia procedimento por crime de tráfico de drogas.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br