Junho terminou com cinco homicídios em Juazeiro e o semestre se igualou ao ano passado
- 13/07/2023
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"Val da Lua" foi morto a tiros no bairro Campo Alegre e "Elcinho do Ouro" no Aeroporto. Fotos: Reprodução
Com cinco homicídios em quatro bairros, o mês de junho teve dois assassinatos a menos que maio ou decréscimo de 28,5% já que, no quinto mês do ano, tivemos sete homicídios. Foi o segundo mês mais tranquilo do ano superado apenas por fevereiro com quatro. Na comparação com junho de 2022 é um homicídio a menos ou 16,6% de decréscimo, pois, naquele período, ocorreram seis assassinatos. Foram 8 homicídios em janeiro, 4 em fevereiro, 11 em março, 10 em abril, 7 em maio e 6 no mês passado.
Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, em junho, os bairros onde houve o registro de homicídios foram Campo Alegre (02 ou 40% dos assassinatos de junho em Juazeiro) e os demais no Santa Tereza, Aeroporto e Frei Damião. No acumulado do ano o bairro João Cabral desponta como o mais violento com cinco homicídios ou uma participação de 11% na matança este ano em Juazeiro.
Com a queda no número de homicídios no mês de junho em relação ao mesmo período de 2022, o ano se igualou em termos de semestre. Em 2022, eram 45 homicídios nos seis primeiros meses do ano contra 45 este ano. Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:
Dia 02 Antonio Barros de Amorim, de 43 anos, o "Amorim" que era morador de rua foi morto a tiros por dois homens numa moto vermelha na Rua Delmiro Gouveia perto da Vila Dom Bosco (Santa Tereza). Ele era usuário de drogas e não respondia procedimentos criminais.
Dia 04 Genival de Brito Gonçalves, de 34 anos, o "Val da Lua", que residia na Rua Joaquim da Rocha (Pirajá) e era metalúrgico teve o corpo encontrado por populares num matagal na Rua Raimundo Quintino Silva (Campo Alegre) para onde a vítima correu tentando se refugiar de dois homens que fugiram numa moto. Ele não tinha passagens pela polícia e pode ter ocorrido uma tentativa de assalto.
Dia 09 Jose Élcio de Souza, de 42 anos, o "Elcinho do Ouro" que residia na Rua José Sabiá (Tiradentes) e era joalheiro, foi morto a tiros na clínica de dependentes químicos Projeto Vidas na Avenida Virgílio Távora (Aeroporto) da qual era sócio. Homens chegaram querendo falar com ele e, quando o encontraram já foram atirando. O mesmo usava tornozeleira eletrônica desde que conquistou a liberdade após ser preso por assalto numa joalheria.
Dia 20 Enilton de Jesus Santos, de 27 anos, que residia na Rua Engenheiro José Wálter (Jardim Gonzaga), foi morto a pauladas e teve o corpo encontrado num terreno baldio perto do cruzamento das ruas Liberalino Soares e Manoel Amorim dos Santos (Campo Alegre) ao lado de enorme pedaço de pau supostamente usado no crime. Ele não respondia procedimentos criminais, tinha saído de casa três dias antes e não retornou.
Dia 24 Maria Aparecida de Jesus, de 31 anos, a "Cidinha", que era moradora de rua teve o corpo encontrado no matagal de terreno baldio na Rua Manoel Tavares Lopes (Frei Damião). Ela tinha sido vista por um familiar na noite anterior e apresentava perfurações a faca. A mesma não respondia crimes, era usuária de drogas e costumava perambular pelo Frei Damião e bairros próximos. Até já tinha sofrido atentado à faca perto da Rodoviária de Juazeiro. No dia 28 de junho de 2023 a polícia prendeu Antonio Germano Pereira Neto, de 46 anos, o "Antonio de Doda", como autor do crime.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br