Comerciante que matou outro em Juazeiro sentou no banco dos réus
- 20/07/2023
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Rogério sentou no banco dos réus do Tribunal do Júri em Juazeiro (Foto: Reprodução)
Na primeira sessão ordinária desta semana do Tribunal do Júri em Juazeiro um comerciante foi julgado sob acusação de matar outro. José Rogério Alves Silva, de 54 anos, residente na Rua São José no centro de Juazeiro, é acusado de matar a tiros Carlos Roberto da Silva Pociano, de 34 anos, o Galego do Espetinho, que morava e tinha um bar na Avenida Manoel Coelho (Betolandia) em Juazeiro. O crime aconteceu por volta das 02h30min do dia 22 de novembro de 2015 na Rua Ana Pereira na Betolandia.
O Conselho de Sentença admitiu as qualificadoras do crime de homicídio se posicionando contra a absolvição e condenando o réu a uma pena de 19 anos e três meses. A sentença considerou não ser possível a substituição da pena imposta por restrição de direitos ou sua suspensão. Entretanto, o juiz Ramon Aranha da Cruz, que presidiu a sessão, concedeu a Rogério Alves o direito de recorrer em liberdade visto que já se encontrava solto.
No dia do crime ele foi preso em flagrante com a arma usada para matar o seu amigo. De acordo com os autos do processo, no dia anterior, Rogério apanhou duas amigas para irem beber na chácara de sua propriedade. Por volta das 18h30min passou pelo bar de Galego a fim de comprar bebidas. Cerca de três horas depois, ligou para Galego pedindo que fosse deixar mais bebidas o que o dono do bar fez e ainda ficou bebendo com Rogério na chácara.
Ainda de acordo com os autos, Rogério teria convidado um amigo que estava aniversariando para comemorar a data e este chegou no início da madrugada notando que o acusado tinha uma arma na cintura, conforme relatou à polícia no seu depoimento. Acrescentou ainda não ter demorado e até convidou o "Galego" para irem embora, mas este não atendeu. Pouco depois, Rogério desligou o som dizendo que a festa tinha acabado e "Galego" pediu para ligar novamente.
Houve discussão entre os dois, ainda de acordo com as investigações, quando Rogério sacou a arma e efetuou quatro disparos. Foram as próprias garotas que acionaram a polícia e o autor do crime terminou preso em flagrante quando dormia num matagal próximo à sua chácara com a arma no bolso. Na 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil, de Juazeiro, ele confessou e disse que estava sendo ameaçado de morte pela vítima.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br