Segundo pesquisa, Pix passa dinheiro e é mais usado para pagamentos que transferências
- 20/07/2023
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Em 2020, quando lançado pelo Banco Central, a função principal do Pix, era ser um sistema de transferências gratuitas e instantâneas entre pessoas e negócios. Isso significa que ele seria o substituto natural e imediato das transferências bancárias, aquelas feitas por meio de TED e DOC, por exemplo.
Após três anos, o Pix já se consolida como um dos meios de pagamentos mais usados pelos brasileiros, ultrapassando, inclusive, o dinheiro. Os Brasileiros têm utilizado a função para substituir operações de pagamento, como as feitas em estabelecimentos com cartão e dinheiro, do que a das transferências propriamente ditas. Estas conclusões são da pesquisa sobre os meios de pagamentos no Brasil feita pela McKinsey.
Foram entrevistados mais de 5 mil consumidores e também cerca de 30 bancos e instituições financeiras para chegar aos dados, que dizem respeito ao mercado ano passado.
Em 2022, as transferências, incluindo o Pix e também as transferências bancárias, corresponderam a 14% de todos os valores transacionados pelas pessoas. Isto fez com que a modalidade ficasse em terceiro lugar entre os meios mais usados, atrás dos cartões de crédito (38%) e de débito (22%), ainda os preferidos dos brasileiros. Já os pagamentos feitos em dinheiro aparecem depois, em quarto lugar, com o percentil de 10% dos pagamentos.
Dados da pesquisa mostram também que os principais usos que as pessoas estão fazendo do Pix é para substituir os pagamentos que, antes, costumavam fazer em dinheiro e em cartão de débito. Para 27% dos entrevistados, o Pix substituiu o dinheiro e, para 19%, passou a ser usado no lugar do cartão. As transferências como DOC e TED, vêm em terceiro lugar, com 18% dos entrevistados tendo dito que as trocaram pelo Pix. Boleto bancário (15%) e cartão de crédito (13%) são outros que aparecem entre as respostas de serviços que estão sendo substituídos pelo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.
Outro comportamento verificado pela pesquisa foi que a isenção de anuidade cresceu e se consolidou como o principal critério dos consumidores para escolherem o seu cartão de crédito. A cobrança anual grátis é a principal razão por ter escolhido o cartão de crédito que usa, para 43% dos entrevistados. É um número bem maior do que o da edição anterior: em 2021, esse era o critério para 29% das pessoas. Com os benefícios de limite de crédito maior (16%) e benefícios, como milhas e cashback (11%), ficaram para trás e aparecem na sequência como os principais fatores para decidir qual cartão de crédito adquirir.
Os números também mostram que os bancos digitais estão ganhando espaço no mercado de cartão de crédito. Em 2022, quase 90% dos entrevistados (88%) afirmava que a sua única ou principal conta estava em um banco tradicional, enquanto os bancos digitais ficaram com os 12% restantes. A fatia de quem tem com os bancos digitais o seu principal cartão de crédito, porém, é bem maior: 37% das pessoas têm em um banco digital o principal cartão de crédito que usa, enquanto 63% usa o cartão do banco tradicional para isso.
Miséria.com.br