Juazeiro do Norte sedia Reunião Interinstitucional sobre Incêndios Florestais organizada pela Sema
- 07/11/2023
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Foto: Ascom SEMA
Na manhã desta segunda-feira (6), autoridades do triângulo crajubar se reuniram no auditório da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), em Juazeiro do Norte, para discutir os episódios de Incêndios Florestais na região. A Reunião Interinstitucional foi organizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), do Governo do Estado do Ceará.
Na abertura do evento, a titular da SEMA, Vilma Freire, expressou sua preocupação com os frequentes incêndios florestais em todo o estado, especialmente na região do Cariri. Vilma também revelou o objetivo da SEMA de incluir planos municipais de combate a incêndios no Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (IQM).
Dentre as propostas sugeridas, está a elaboração de um plano de ação de curto prazo pela SEMA, com o apoio do Ministério Público do Ceará (MPCE). O objetivo é monitorar em tempo real os pontos de calor, estabelecer uma sala de situação e implementar ações de educação ambiental com resultados a médio e longo prazo.
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), houve um aumento significativo de 46,82% nos incêndios em vegetação nos primeiros dez meses de 2023. O número saltou de 3.816 para 5.603 incêndios, sendo a ação humana, muitas vezes ilegal e irresponsável, a principal causa direta e indireta.
Somente este ano, um único incêndio resultou na queima de 5,8 mil hectares na região do Icó. O Sul do estado, com as cidades de Crato (230 ocorrências), Juazeiro (261) e Barbalha (99), sofre com altos índices de incêndios, totalizando 656 ocorrências atendidas pelos bombeiros entre agosto e outubro. No interior do estado do Ceará, foram registrados 2.224 incêndios em vegetação.
Os representantes do Ministério Público da região ressaltaram a falta de tradição em receber denúncias sobre essas ocorrências e destacaram a importância de emitir autos de infração para identificar, investigar e punir os responsáveis pelos crimes.
Entre as sugestões postas pelos participantes, destacam-se: políticas públicas para gestão de risco e desastres, preparando a prevenção, a preparação e a resposta local; estruturar as defesas civis e preparar as guardas municipais e instituir brigadas municipais ou regionais; investir em educação ambiental para a comunidade (principalmente nas escolas); entender o uso do fogo em cada região; apoiar os órgãos estaduais com logística e estrutura vinda dos municípios; instalar a Delegacia de Crimes Ambientais; aproveitar o número de AJAs remanescentes, com preparo e idade adequadas, em um núcleo especializado para combate a incêndios; estabelecer parcerias com órgãos de assistência técnica rural, tais como Embrapa e Ematerce.
Raiana Lucas
Miséria.com.br