Homem que matou outro em Campos Sales trocou celular da vítima por 4 papelotes de cocaína e R$ 100,00

• 13/02/2024
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Júlio Gomes é acusado de ter desfechado os golpes de faca que mataram “Zé Cláudio” em Campos Sales. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Equipes do RAIO em Campos Sales agiram rápido e já houve a elucidação do assassinato de José Cláudio de Morais Alves, de 48 anos. Ele residia no Sítio Caldeirão naquele município e teve o corpo encontrado às 6 horas desta segunda-feira perto de um matagal no fim da Rua Antonio Lúcio (Bairro Aparecida) para onde foi arrastado. Apresentava perfurações a golpes de faca nas costas, no pescoço e no rosto ao lado de sua moto Honda CG 125 Titan com placa de Crato.

Os policiais souberam por familiares que o celular da vítima não foi encontrado e era possível o rastreamento do aparelho. Por volta das 21 horas ainda desta segunda-feira os militares foram ao local apontado na Rua Teodorico Fernandes (Bairro Aparecida), onde mora o jovem José Kauã da Silva Souza, de 19 anos. De cara, admitiu que estava com o celular o qual tinha obtido mediante a troca por quatro porções de cocaína e mais R$ 100,00 em dinheiro.

Ele confessou que vendia substâncias entorpecentes entregando aos “raianos” algumas porções de maconha prontas para a venda. Já no armário, encontraram mais 146 gramas numa sacola a exemplo de sacos para embalar drogas, duas balanças de precisão e R$ 752,00 em dinheiro. Kauã revelou que adquiriu o celular das mãos de Júlio Gomes de Oliveira, de 35 anos, residente na Rua Pereira Filgueiras (Bairro Batalhão) em Campos Sales.

Foi o caminho tomado pelos PMs e, na casa de Júlio, ouviu deste que tinha achado o celular há três dias e repassado para Kauã. A informação contradiz com o que a polícia já sabia pela família da vítima que "Zé Cláudio" estava com o seu celular até instantes antes de ser assassinado. Além disso, o celular foi entregue à Kauã por volta das 8 horas ou duas horas após o achado do cadáver.

No seu depoimento, Julio garantiu que desconhecia a vítima de homicídio, mas admitiu que tinha bebido com a mesma na noite anterior ao crime. Conforme relatou, no bar houve uma discussão entre os dois e, depois, saiu com "Zé Cláudio" na moto dele na direção de outro bar. Posteriormente, segundo falou, foi deixado na rodoviária de onde seguiu para sua casa e a vítima teria retornado ao bar onde estavam antes. “Somente depois tomei conhecimento do homicídio”, complementou.

Júlio e Kauã foram autuados em flagrante na Delegacia de Crato, respectivamente, por crimes de latrocínio e de tráfico de drogas. O primeiro já foi vítima de atentado à faca no dia 20 de abril de 2022 em Blumenau (SC). O seu colega de trabalho, Henrique Franca Camargo, com quem tinha discutido no dia anterior, o esfaqueou dentro da Kombi da empresa que levava operários para o canteiro de obras. Noutro procedimento, Júlio se tornou testemunha de um homicídio qualificado em Pio IX (PI), o qual teve como autor Cícero Bento de Sousa, o "Magrão", residente em Campos Sales.

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