Mortes por leptospirose chegam a 13 no Rio Grande do Sul
- 05/06/2024
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O Rio Grande do Sul vive um surto de leptospirose, com o número de mortes chegando a 13, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira (4). Os casos estão relacionados com as enchentes que têm atingido várias cidades gaúchas nos últimos meses.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria leptospira. Sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.
Durante enchentes, a urina desses animais pode se misturar à água e ser disseminada até alcançar os seres humanos. A infecção é considerada febril aguda, provocando febre alta, fraqueza, dores no corpo e calafrios. De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de letalidade é de até 40% nos casos mais graves.
O Ministério da Saúde divulgou também uma projeção preocupante para os casos de leptospirose no estado. De acordo com a titular da Saúde, Nísia Trindade, até 1,6 mil casos da doença podem ser registrados em decorrência das recentes enchentes que atingiram os municípios gaúchos. Esse número é quatro vezes maior do que o total de casos contabilizados ao longo de todo o ano de 2023, que foi de 400 casos.
Diante do aumento de casos no estado, o Ministério da Saúde recomendou uma nova abordagem para o tratamento da leptospirose no Rio Grande do Sul. De acordo com o órgão, o tratamento deve ser iniciado imediatamente em casos suspeitos, sem a necessidade de confirmação laboratorial da infecção. A orientação é que pessoas que apresentarem sintomas como febre e dores busquem imediatamente um serviço de saúde, especialmente se tiverem tido contato com água de enchente.
Cícero Dantas
Miséria.com.br