Segundo a Arce, de 2021 a 2023, o número de reclamações contabilizadas pela ouvidoria da Agência, em decorrência da falta de energia, passou de 1.415 registros para 2.580, o que representa um aumento de 82,3%. O cenário também inclui a duração das interrupções de energia, assim como a demora nas religações nas unidades consumidoras.

A Agência Reguladora acrescenta que as reclamações de quedas de energia continuaram em todo o território cearense ao longo de 2024. Somente de janeiro a julho deste ano, a ouvidoria da Arce já contabilizou mais reclamações do que em todo o ano de 2023, totalizando 2.658 registros.

“Essas reclamações se dão em várias frentes, em vários aspectos, e em relação a vários indicadores: atendimento, faturamento, atendimento a emergências, geração distribuída e ligações com obras. São vários pontos de atuação da Distribuidora que têm gerado insatisfação por parte dos usuários”, enfatizou o presidente da Arce, João Gabriel Rocha.

Tempo de atendimento

Outro dado que também chamou a atenção da fiscalização é o tempo médio de atendimento às emergências. Entre janeiro e dezembro de 2023, as cidades cearenses com as maiores taxas na demora de religação de energia após interrupções são: Poranga, Choró, Baixio, Cariré, Santana do Cariri, Ibaretama, Farias Brito, Nova Olinda, Monsenhor Tabosa e Altaneira.

Dos municípios, Poranga lidera a lista apresentando uma média de 14,37 horas para o atendimento de religação, enquanto a cidade de Altaneira ocupa o décimo lugar, com uma média de 12,56 horas.

A multa já foi aplicada. A distribuidora Enel, no entanto, já apresentou recurso contra a decisão, que será analisado primeiramente pela Arce. Caso o conselho diretor mantenha a multa, a Enel ainda tem a possibilidade de recorrer para Agência Nacional de Energia Elétrica.

Cícero Dantas
Miséria.com.br