Vinícolas vão pagar R$ 7 milhões em indenização por danos morais e coletivos
- 10/03/2023

Foto: Polícia Rodoviária Federal
O Ministério Público do Trabalho (MTP) estipulou, através de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que as vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton envolvidas em caso de trabalho análogo à escravidão no município de Bento Gonçalves (RS) devem pagar R$ 7 milhões de indenização por danos morais individuais e coletivos aos trabalhadores.
Os valores referentes aos danos individuais deverão ser pagos em 15 dias a contar da apresentação da listagem dos trabalhadores. Cerca de 200 serão indenizados. Já em relação ao dano moral coletivo, o dinheiro será revertido para entidades, fundos ou projetos.
Ainda de acordo com o Ministério, as empresas também assumiram 21 obrigações para melhorar o processo de tomada de serviços, incluindo a fiscalização das condições de trabalho e direitos de trabalhadores próprios e terceirizados, além de impedir que novos casos como esse se repitam no futuro.
O cumprimento de direitos trabalhistas na cadeia produtiva também consta no documento e as obrigações passam a valer imediatamente. Irregularidades ou descumprimento de cada cláusula prevê multa de até R$ 300 mil.
Sobre o Caso
No último dia 22 de fevereiro, uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 207 pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão em vinícolas de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
De acordo com a investigação, os funcionários eram terceirizados da Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTD e estavam sendo mantidos em um alojamento precário, sofriam ameaças e violência física, além de longas jornadas de trabalho.
As pessoas resgatadas chegaram ao local através de uma promessa de salário de R$ 3 mil. Todas as vinícolas afirmaram, em nota, desconhecer as irregularidades praticadas contra os trabalhadores recrutados pela empresa terceirizada.
Por Yanne Vieira
Miséria.com.br
Os valores referentes aos danos individuais deverão ser pagos em 15 dias a contar da apresentação da listagem dos trabalhadores. Cerca de 200 serão indenizados. Já em relação ao dano moral coletivo, o dinheiro será revertido para entidades, fundos ou projetos.
Ainda de acordo com o Ministério, as empresas também assumiram 21 obrigações para melhorar o processo de tomada de serviços, incluindo a fiscalização das condições de trabalho e direitos de trabalhadores próprios e terceirizados, além de impedir que novos casos como esse se repitam no futuro.
O cumprimento de direitos trabalhistas na cadeia produtiva também consta no documento e as obrigações passam a valer imediatamente. Irregularidades ou descumprimento de cada cláusula prevê multa de até R$ 300 mil.
Sobre o Caso
No último dia 22 de fevereiro, uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 207 pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão em vinícolas de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
De acordo com a investigação, os funcionários eram terceirizados da Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTD e estavam sendo mantidos em um alojamento precário, sofriam ameaças e violência física, além de longas jornadas de trabalho.
As pessoas resgatadas chegaram ao local através de uma promessa de salário de R$ 3 mil. Todas as vinícolas afirmaram, em nota, desconhecer as irregularidades praticadas contra os trabalhadores recrutados pela empresa terceirizada.
Por Yanne Vieira
Miséria.com.br
#Compartilhe