Reflexo do estímulo ao ódio, violência e armamento, diz Camilo sobre ataques em escolas
- 13/04/2023
Durante sua participação na Comissão de Educação da Câmara Federal, o ministro da pasta, Camilo Santana (PT), comentou o atual contexto de violência nas escolas brasileiras. O político cearense traçou um paralelo entre os atos mais recentes e atual aspecto social, ponderando que a agressividade extrema que vem sendo observada no ambiente escolar bebe de um estímulo social ao ódio e a violência em si. O titular do Ministério da Educação (MEC) também questionou se apenas a colocação de pessoas armadas no seio das unidades de ensino seria a solução mais prática e efetiva diante da complexidade dos fatos.
"O que está acontecendo nas escolas reflete o que está acontecendo na na nossa sociedade, de estímulo ao ódio, à violência, ao armamento. Armar seria a solução? vamos discutir, porque nos Estados Unidos fizeram isso e pesquisas mostraram que não resolveu. Esse é um problema que precisamos discutir mais profundamente, precisamos fortalecer um grande programa psicossocial", declarou o ex-governador do Ceará.
Nessa linha, ao argumentar que a resolução do problema em foco não passa apenas pela colocação de agentes armados em escolas, o ministro observou que o ataque realizado em Blumenau ocorreu em uma instituição privada e com condições de colocar guardas armados.
O ex-governador cearense também trouxe dados da Ação Educativa e que mostram que a sociedade confia amplamente mais em professores do que em militares para ocupar o ambiente escolar. De acordo com as informações de Camilo, 72% dos entrevistados indicaram esse posicionamento.
Após os subsequentes ataques em escolas, o governo Federal criou um grupo de trabalho interministerial para debater a questão e propor ações efetivas de combate a esses contextos, as primeiras medidas tomadas pela equipe devem ser conhecidas em breve. Contudo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública já liberou R$150 milhões para investimento em segurança nos espaços escolares.
Por Paulo Junior
Miséria.com.br
