Cinco homicídios no Cariri, duas mortes no trânsito e um afogamento no feriadão
- 25/04/2023

Gilson e Maria Peixoto foram assassinados em Juazeiro, enquanto Arisson morreu ao cair de sua moto em Abaiara (Foto: Reprodução)
Subiu de três para oito o número de mortes violentas na comparação entre os dois últimos finais de semana na região do Cariri, sendo este o Feriadão de Tiradentes. Foram quatro homicídios, duas em acidentes, um afogamento e um caso de intervenção policial, com quatro corpos de Juazeiro e outros quatro de Aurora, Abaiara, Mauriti e Crato. Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, duas mortes ocorreram na sexta-feira, quatro no sábado e duas no domingo.
Por volta das 15h30min de sexta-feira, o estudante Francisco Leonardo Pessoa de Oliveira, de 14 anos, que residia no Sítio Grossos em Aurora, morreu afogado. Ele estava com um amigo e, também, adolescente na barragem do Riacho das Antas no Sítio Baixa Verde naquele município. O cão de Leonardo caiu no reservatório e ele pulou para tentar resgatá-lo quando foi arrastado pela correnteza. O seu colega ainda tentou salvar, mas não obteve êxito.
Duas horas depois, ainda na sexta-feira, Gilson Manoel da Silva, de 25 anos, que residia na Rua Artesão Manoel de Barros (Tiradentes) em Juazeiro, foi morto a golpes de faca. O crime aconteceu na Rua Manoel José da Silva (Horto) e existem informações que o acusado tinha sido lesionado pela vítima e retornou para matá-lo após deixar a UPA Limoeiro. Gilson respondia crimes de tráfico de drogas, assaltos e violência doméstica contra sua própria mãe.
Já às 04h30min da madrugada de sábado o ajudante geral Arisson Sampaio de Lucena, de 24 anos, morreu num dos leitos do Hospital de Abaiara para onde foi socorrido. Ele nasceu em Brejo Santo e residia na Vila São José em Abaiara, onde, duas horas antes, na estrada que liga o Distrito de Café da Linha ao centro da cidade, caiu de sua moto. O mesmo foi socorrido às pressas ao hospital, mas não resistiu.
Às 13 horas o metalúrgico Elisvaldo Ferreira dos Santos, de 40 anos, o Neguim, foi morto a golpes de faca na Rua Francisca Pereira Lopes da localidade denominada Vila Nova (Pedrinhas). Ele morava naquela via, porém no bairro Aeroporto e o acusado do crime é o seu irmão identificado apenas por Laércio. A vítima respondia procedimento por crime de violência contra sua ex-companheira quando esta foi à metalúrgica, na época no bairro Pio XII, e terminou espancada.
Quatro horas depois o carroceiro José Roberto dos Santos, de 46 anos, o "Beto de Benício", foi morto a tiros na calçada de sua casa por dois homens numa moto. Ele morava na Rua Apolo XI perto do cruzamento com a Rua Monsenhor Lima no bairro Salesianos e tinha várias passagens pela polícia. O mesmo respondia por estupro contra uma idosa, lesão corporal, violência doméstica, tráfico de drogas, furto, porte ilegal de arma de fogo, desacato, crime ambiental e contravenção penal.
Por volta das 20 horas, ainda no sábado, foi encontrado num matagal o corpo da agricultora Maria Peixoto da Silva, de 62 anos, que residia na Rua Arnaldo Parente (Limoeiro). Estava próximo à ponte das Timbaúbas na Rua Madre Nely Sobreira e ela foi morta por asfixia e paulada no abdômen desfechada por um homem que a atraiu para o matagal. A mesma tinha saído de casa por volta das 15 horas para deixar umas sacolas de lixo no local e não retornou. Estranhando a demora, familiares se puseram à procura com a ajuda de militares do Corpo de Bombeiros quando se depararam com o cadáver.
Às 11 horas de domingo morreu no Hospital Regional do Cariri (HRC) em Juazeiro o agricultor Cícero Josuel Santana Silqueira, de 34 anos, que residia na Rua João Alexandre Ramalho (Bairro Dom Bosco) em Mauriti. Ele estava internado desde a madrugada do dia 30 de janeiro quando se envolveu num acidente com moto na estrada do Distrito de Palestina naquele município. O mesmo bateu numa vaca que atravessava a rodovia e terminou socorrido, mas morreu quase três meses depois.
Já às 23 horas, ainda no domingo, equipe do Batalhão de Divisas foi recebida à bala na Travessa Nova Olinda (Seminário) em Crato. Na chegada dos PMs um fugiu pela via pública e outro adentrou sua casa atirando nos policiais que revidaram. José Átila Pereira, de 32 anos, era tornozelado e saiu baleado caindo perto do seu revólver calibre 38 com três munições deflagradas e três picotadas. Os PMs ainda o levaram ao hospital, mas chegou sem vida. A arma foi entregue na delegacia com 38 gramas de cocaína e duas de maconha. Átila era usuário de drogas e respondia por furto.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br